1.Elege-se um tema sobre o qual já existe um senso comum. Um assunto que dispense apresentação ou maiores esclarecimentos. Parte-se, assim, de uma temática cujo entendimento o publico julga possuir, embora não seja capaz de identificar sua fonte.
2.Desenvolve-se uma teoria em que o senso comum, da maneira como está instituído, corrobora interesses de um determinado grupo de agentes que conspiram para evitar que a verdade venha a tona. A teoria não é apresentada ao público.
3.Sem atacar frontalmente o senso comum e com isso promover a retração do público que se abrigará em suas convicções - mesmo que precárias - inicia-se um cauteloso processo de questionamento. Incute-se a dúvida sutilmente no público, sugerindo, com exemplos contrários, que talvez a versão conhecida não seja totalmente verdadeira. Utilizam-se aqui os mais diversos truques retóricos, ou aquilo que Arthur Shopenhauer classificou como Dialética Erística.
4.Apresenta-se a dificuldade em conseguir informações que permitam construir uma outra explicação para a questão. Ao mesmo tempo evidencia-se a presença de um ou mais membros da conspiração nos episódios que envolvem o tema.
5.Os agentes externos são radiografados e seus interesses são revelados. Apresenta-se uma nova teoria explicativa para o fenômeno. Segundo a nova teoria, os agentes são os grandes responsáveis pelo embotamento do público
6.Mostra-se a coincidência entre o senso comum sobre o tema e os interesses dos conspiradores. Apresenta-se também a capacidade do agente de influenciar a opinião pública e de promover a cristalização da versão consagrada e interessada.
7.Reforça-se a dúvida no público fazendo-o sentir-se tolo e manipulado.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário