
Não me atrevo a defender as FARCs em seus meios, porém a satanização do movimento; a recusa colombiana em buscar um entendimento; e a cristalização de um senso comum, segundo o qual, os "narcoguerrilheiros" devem mesmo ser exterminados estão servindo para fazer da Colômbia uma cabeça-de-ponte na América Latina para o poder militar norteamericano. A recente invasão do Equador pelos militares colombianos para matar Raul Reyes demonstra o grau de interatividade entre Colômbia e EUA, quer seja pela postura prepotente, pelos princípios (ou falta deles) demonstrados, ou pelos recursos e tecnologia empregados na ação.
O governo Álvaro Uribe embora eleito democraticamente pelo povo da Colômbia, não tem o direito de comprometer a segurança e a soberania do continente sob a desculpa de que lida com o terrorismo interno, nesse caso, novamente está certo Hugo Chaves, as FARCs são também problema nosso e não precisamos de uma Israel na América Latina. Não sei se Chaves já chegou a dizer essa última frase, em todo caso estou certo de que não discordaria de mim.
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