segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Ignorância teórica sobre amizade



Ilustração: Jo Fevereiro

Grandes pensadores como Platão, Agostinho, Kant, Ortega y Gasset e meu caro Erich Fromm entre muitos outros, já se debruçaram lindamente sobre a questão do amor. Confesso que, nem sobre essa questão, conheço seu pensamento como gostaria. Mas o que mais me intriga é que eu não tenha, assim de memória, nenhum filósofo consagrado por suas apreciações específicas sobre a amizade, tipo peculiar de amor. Certamente é falta de repertório, pois seguramente alguém já se dedicou convincentemente ao assunto.
Talvez não tenha sido devidamente tocado por nenhuma leitura a respeito por considerar-me auto-suficiente, não no entendimento, mas na compreensão do assunto. Do alto de minha arrogâcia, não preciso de explicação, ao contrário, eu explico, eu sei porque eu sinto, ou o contrário.
A amizade é um amor devotado a princípio, mas depois, devotado também. Primeiro eu escolho e determino; depois parece não fazer sentido e eu questiono sua razão; finalmente ela se impõe e eu sucumbo ao seu prazer irracional, consciente disso. Delibero a favor dela, por fim.
Lamento não ser capaz de preencher a lacuna teórica sobre a questão como cheguei a enunciar que conseguiria.

3 comentários:

Unknown disse...

Belo desafio proposto, meu amigo... Espero estar à altura do mesmo.

Unknown disse...

Talvez a teoria (ou filosofia) sobre a amizade não seja tão vasta por um motivo simples: ela é simples, natural e antecede o amor. O me faz presumir que a compreensão tácita da amizade seja a melhor teoria que se possa ter.

Unknown disse...

Concordo com o comentário do Nivaldo e, para demonstrar, nada melhor do que duas crianças abraçadas e felizes.