Ilustração: Jo Fevereiro
Entendi! Entendi, esses dias, o que é a esperança. Senti a própria e me senti tabém um pouco ridículo de ter sempre usado a palavra sem saber, mesmo, o que é que ela significava. Agora sei e tento compartilhar.
É mais ou menos assim: eu quero muito que aconteça, mas não sei bem porque... todos os indícios são de que não vai acontecer... eu espero, mas também não sei porque... de repente, começa a acontecer e eu entendo, finalmente, porque é que eu queria e esperava. Fortaleço-me, então.
Todas as metáforas vulgares são corretas: "a última que morre, a luz no final do túnel...". É isso mesmo: parecia que não tinha mais jeito e começa a ter.
Entendi, támbém, que a esperança vale para todos os desacertos circunstanciais: conflitos em relações profissionais; descompassos familiares; frustrações contemporâneas e investimentos afetivos profundos.
Não vale para projetos idiotas; fantasias de infância; fatos concretos do cotidiano e nem para paixões amorosas equivocadas. Pelo menos esses não me parecem objetos da boa esperança, dessa que descobri e tento esclarecer.
2 comentários:
Olha.. eu estou precisando de um pouco dessa boa esperança viu! hahaha Ótimo como sempre, Newton.. Parabéns! Beijo grande
E tem a frase do Jorge Luis Borges: "O futuro nunca se faz todo presente sem antes ensaiar, e esse ensaio é a esperança."
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